Quando existir, terá que ser estabelecido
mundialmente.
O socialismo só pode ser estabelecido
democraticamente.
Começamos com estes três pontos que consideramos vitais para
entender o que significa socialismo para nós. Rejeitamos a
ideia de que o socialismo já existiu em países chamados
socialistas. Leia a nossa definição de socialismo abaixo e
reflicta sobre se ela tem alguma coisa a ver com as ditaduras
do capitalismo estatal como a de Cuba, China, antiga União
Soviética ou dos vários governos de social democracia do
passado ou do presente.
Rejeitamos a ideia de socialismo em apenas um país. O
socialismo nacionalista não é socialismo. O sistema capitalista
está globalizado e o sistema que vai substituí-lo tem que ser
globalizado também.
Rejeitamos a ideia de que as pessoas possam ser guiadas para
o socialismo porque este não pode ser estabelecido por líderes
e exércitos em luta, mas sim por homens e mulheres pensadores.
Não podemos ter socialismo sem socialistas.
O que significa socialismo, então? É uma pergunta directa
que merece uma resposta directa. O socialismo é um sistema
mundial de organização social baseado:
na património comum: todos os meios de produção de riqueza
serão património da humanidade. Não existirão companhias
multinacionais, nem negócios pequenos. Ninguém será dono do
mundo . O mundo será dos seus habitantes.
no controlo democrático por todos: quem vai mandar na
sociedade socialista? Todos nós. Não vai haver governantes nem
governados. O povo vai tomar as suas próprias decisões
livremente dentro das suas comunidades, regiões e a nível
mundial. Tudo isto é possível com a tecnologia de informação e
comunicação que existe hoje.
na produção para uso: produção não será para vender
mercadorias para criar lucros para os capitalistas, mas sim
para satisfazer as necessidades e desejos de todos.
no livre acesso: neste tipo de sociedade onde toda a gente é
dono de tudo, nós vamos decidir democraticamente o que devemos
produzir, e logicamente produziremos somente as coisas que têm
utilidade para todos. Todos vão ter livre acesso ao que foi
produzido e o dinheiro não terá qualquer função.
Vamos trabalhar não para receber um salário, mas para dar o
que podemos e receber o que precisamos.
O Movimento Socialista Mundial diz:
que o socialismo vai ser um sistema global sem dinheiro, com
os meios de produção controlados democraticamente e não pelo
Estado;
que o socialismo vai acabar completa e bruscamente com o
capitalismo, sem período de transição;
que quando tivermos socialismo, o Estado vai deixar de
existir;
que quando tivermos socialismo, não mais existirão classes
económicas;
que nós temos um só objectivo que e estabelecer o
socialismo;
que somente a grande maioria, consciente dos seus próprios
interesses, pode estabelecer o socialismo;
que somos o oposto de qualquer vanguarda ou liderança porque
elas são antidemocráticas;
que promovemos uma revolução pacífica e democrática baseada
no entendimento e nos desejos da maioria.
Não promovemos nem faremos oposição a qualquer reforma do
capitalismo.
Afirmamos que existe uma só classe de trabalhadores
mundialmente.
Mostramos os conceitos fundamentais que o socialismo tem que
ter, mas não impomos a forma exacta que a futura sociedade
socialista deve revestir.
Promovemos o entendimento da história pelo materialismo
dialéctico.
Dizemos que a religião é uma questão social, não pessoal, e
religião é contrária ao entendimento socialista.
Promovemos a acção eleitoral da maioria para eliminar o
capitalismo, não para o governar.
Dizemos que o Leninismo é uma distorção do Marxismo.
Somos contra todas as guerras e dizemos que o socialismo vai
acabar com a guerra, inclusive a guerra das classes. Em 1918 o
Revolução Bolchevista não era socialista, e a Rússia naquela
época não estava preparada para o socialismo.
O Movimento Socialista Mundial foi o primeiro a reconhecer
que a antiga União Soviética, a China, Cuba e outros países
chamados “socialistas” não eram socialistas, mas sim
capitalistas estatais.